Nothing is pure anymore but solitude
terça-feira, 19 de maio de 2009
Gostava que me tivesses conhecido mais cedo. Quando pintava o cabelo de muitas cores e ainda não tinha tempo para desgostos de amor. Gostava de te ter conhecido mais cedo e de não estranhar o silêncio depois de dizeres: Gosto da cor do teu cabelo ao sol. Gostava de ter crescido contigo para não ter de ouvir da boca de outra pessoa: Já não te amo. Gostava de ter estado contigo quando a paixão não era mais do que imaginação nas nossas cabeças.
Gostava de estar preparada quando te conheci. Porque aí os anos já teriam passado e – aparentemente – não haveria desculpa para a minha timidez. Gostava de continuar a fazer-te perguntas. Não me importo que já não queiras responder. Só quero que acenes e sorrias e digas mais uma vez: Estás tão bonita. Para eu voltar a acreditar. Gostava de não me sentir escorregar nos teus olhos que já não vejo. Gostava que todos os caminhos me levassem a ti mesmo que a minha vontade seja avessa ao coração. Gostava que me conhecesses antes dos livros e das músicas. Sem desilusões às costas. Quando fugia de casa às escondidas e voltava ao cair da noite sem medo dos castigos. Gostava que me conhecesses destemida. Que não me visses sem interesse como agora. Mas encontrei-te depois do fim. Fora do tempo. Sempre dentro de dores que nunca foram nossas. E – assim separados – somos apenas as dores acumuladas de outras e outros que pesam em nós.
Gostava de estar preparada quando te conheci. Porque aí os anos já teriam passado e – aparentemente – não haveria desculpa para a minha timidez. Gostava de continuar a fazer-te perguntas. Não me importo que já não queiras responder. Só quero que acenes e sorrias e digas mais uma vez: Estás tão bonita. Para eu voltar a acreditar. Gostava de não me sentir escorregar nos teus olhos que já não vejo. Gostava que todos os caminhos me levassem a ti mesmo que a minha vontade seja avessa ao coração. Gostava que me conhecesses antes dos livros e das músicas. Sem desilusões às costas. Quando fugia de casa às escondidas e voltava ao cair da noite sem medo dos castigos. Gostava que me conhecesses destemida. Que não me visses sem interesse como agora. Mas encontrei-te depois do fim. Fora do tempo. Sempre dentro de dores que nunca foram nossas. E – assim separados – somos apenas as dores acumuladas de outras e outros que pesam em nós.





My name is Morgan La Fey and I am fifty thousand years old. I utterly despise Merlin. I love eating small children and playing with my warts.